quarta-feira, 31 de março de 2010

Bom ânimo


" ... advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos." I Tessalonicenses 5:14

Conta-se que uma família foi forçada a sair de sua casa quando tropas inimigas invadiram a localidade onde viviam.

Para fugir aos horrores da guerra, perceberam que sua única chance seria atravessar as montanhas que circundavam a cidade.

Se conseguissem êxito na escalada, alcançariam o país vizinho e estariam a salvo.

A família compunha-se de umas dez pessoas, de diversas idades.


Reuniram-se e planejaram os detalhes: a saída de casa, por onde tentariam a difícil travessia.

O problema era o avô.


Com muitos anos aos ombros, ele não estava muito bem.

A viagem seria dura.

- "Deixem-me", falou ele.- "Serei um empecilho para o êxito de vocês. Somente atrapalharei. Afinal, os soldados não irão se importar com um homem velho como eu".

Entretanto, os filhos insistiram para que ele fosse.

Chegaram a afirmar que se ele não fosse, eles também ali permaneceriam.


Vencido pelas argumentações, o idoso cedeu.

A família partiu em direção à cadeia de montanhas.

A caminhada era feita em silêncio.


Todo esforço desnecessário deveria ser poupado.

Como entre eles havia uma menina de apenas um ano, combinaram que, a fim de que ninguém ficasse exausto, ela seria carregada por todos os componentes da
família, em sistema de revezamento.


Depois de várias horas de subida difícil, o avô se sentou em uma rocha.


Deixou pender a cabeça e quase em desespero, suplicou:

- "Deixem-me para trás. Não vou conseguir. Continuem sozinhos" .

- "De forma alguma o deixaremos. Você tem de conseguir. Vai conseguir", falou com entusiasmo o filho.

- "Não", insistiu o avô, "deixem-me aqui".

O filho não se deu por vencido.

Aproximou-se do pai e energicamente lhe disse:

- "Vamos, pai. Precisamos do senhor. É a sua vez de carregar o bebê".

O homem levantou o rosto.

Viu as fisionomias cansadas de todos.

Olhou para o bebê enrolado em um cobertor, no colo do seu neto de treze anos.

O garoto era tão magrinho e parecia estar realizando um esforço sobre-humano para segurar o pesado fardo.

O avô se levantou.

- "Claro", falou, "é a minha vez. Passem me o bebê".

Ajeitou a menina no colo.

Olhou para o seu rostinho inocente e sentiu uma força renovada.

Um enorme desejo de ver sua família a salvo, numa terra neutra, em que a guerra seria somente uma memória distante tomou conta dele.

- "Vamos", disse, com determinação. "Já estou bem. Só precisava descansar um pouco. Vamos andando".

O grupo prosseguiu, com o avô carregando a netinha.

Naquela noite, a família conseguiu cruzar a fronteira a salvo.


Todos os que iniciaram o longo percurso pelas montanhas conseguiram terminar. Inclusive o avô.

Se alguém a seu lado está preste a desistir das lutas que lhe compete, ofereça-lhe um incentivo.

Recorde da importância que ele tem para a pequena ou grande comunidade em que se movimenta.

Lembre-o que, no círculo familiar, na roda de amigos ou no trabalho voluntário, ele é alguém que faz a diferença.


Ninguém é substituível.

Cada criatura é única e tem seu próprio valor.

Uma tarefa pode ser desempenhada por qualquer pessoa, mas uma pessoa jamais substituirá a outra.


Não permita que ninguém fique à margem do caminho, somente porque não recebeu um incentivo, um estímulo, um motivo para prosseguir, até a vitória final.


terça-feira, 30 de março de 2010

Como crianças


"Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus" Mateus 18:3.





Em 1985, o Los Angeles Times publicou uma história muito interessante e humana. O fato aconteceu poucos dias depois do terrível terremoto na Cidade do México. Um pequeno menino, japonês-americano, ia de porta em porta, vendendo cartões postais ao preço de 25 centavos cada. Tudo o que ele conseguia, oferecia para ajudar as vítimas do terremoto. Um homem comprou alguns cartões postais do pequeno menino e, então, perguntou a ele quanto esperava conseguir com as vendas. O menino respondeu sem hesitar: "um milhão de dólares!" O homem sorriu e lhe disse: "Você espera conseguir um milhão de dólares para ajudar as vítimas do terremoto sozinho?" "Oh não, senhor," respondeu o menino, "meu irmão mais novo está me ajudando!” O Senhor nos ensina muitas coisas através de crianças. Amor, esperança, falta de preocupação, obediência, uma confiança inabalável. Não há ansiedade, sofrimento por antecipação, murmurações desnecessárias. Ela sabe que vai ter, acredita na proteção, descansa sem temor. O menino de nossa história não duvidava que fosse conseguir. Não ficou trancado em seu quarto até que tivesse certeza do dinheiro a arrecadar, não achou que tudo seria muito difícil. Ele simplesmente saiu em busca de seu objetivo, de seu propósito, de seu sonho. E não era um plano interesseiro. Ele o projetou por amor... queria ajudar... e iria conseguir "com certeza". Isso é fé, é dedicação, é esforço pessoal. E por que não fazemos o mesmo? Por que duvidamos de tudo antes mesmo de começar a lutar por nossos sonhos? Por que preferimos pensar nas dificuldades em vez de pensar em Deus que tudo pode? Está na hora de nos colocarmos como crianças nas mãos de Deus. Precisamos confiar nele seja qual for à circunstância. Esqueçamos das lutas e obstáculos e olhemos para cima. Deus tudo pode e Ele fará. Nós conseguiremos. Ele conseguirá por nós!

segunda-feira, 29 de março de 2010

A decisão certa


"Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente." Salmos 71:6


É comum se ouvir falar a respeito do altruísmo do amor materno e do que é capaz, quando se trata de preservar a vida ou a felicidade dos filhos.

O caso de Michelle é um desses. Ela, o marido e o filho de seis anos, haviam acabado de se mudar para a casa dos seus sonhos.

Estilo colonial, cinco quartos, terreno espaçoso.

O menino começara a freqüentar o Jardim de Infância e a ocasião era ideal para ter um segundo filho.

Nos seus 6 anos, James acreditava que Deus ouvira suas preces e um irmão ou irmã estava a caminho.

Tudo era esperança e alegria, até o médico suspeitar da existência de um tumor na mama direita de Michelle.

Ela só conseguia pensar: Eu vou morrer. Eu quero ficar com o meu filho. Eu não vou contar aos meus pais que tenho câncer.

O diagnóstico veio após três biópsias e uma ultrassonografia.

O tumor tinha menos de um centímetro e era receptor de estrogênio positivo.

O que deveria ser uma vantagem, no caso de Michelle, grávida, significava que ele se alimentaria da maior quantidade possível de estrogênio em sua corrente sangüínea.

Quer dizer: ele cresceria com acelerada rapidez.

A especialista a quem foi encaminhada aconselhou que ela interrompesse a gravidez.

Isso lhe permitiria extirpar o tumor e se submeter à quimioterapia. Ela poderia voltar a engravidar em cinco anos.

Por que tirar o meu bebê? Pensava Michelle.

Por que devo eliminar meu filho para eu viver?

Por que não posso optar por uma mastectomia e ficar com meu bebê?

Finalmente, para desespero de seu marido e de sua irmã, que acompanhava o caso, Michelle optou por se submeter a uma mastectomia.

Ela poderia amamentar seu filho, porque não faria radiação nem quimioterapia.

E encontrou um aliado em sua luta pela vida. Seu obstetra estava disposto a apoiá-la.

Essa decisão significava que não teria que eliminar a vida que pulsava em seu ventre.

E como pulsava.

Quando despertou, após realizada a cirurgia para a retirada total da mama direita, seu marido chorava ao seu lado.

O obstetra entrou e colocou o monitor fetal para escutar as batidas cardíacas do bebê.

Estaria tudo bem com ele? A expectativa era enorme. O silêncio ainda maior.

Então, o monitor disparou e o som das batidas daquele coraçãozinho parecia gritar: Obrigado. Obrigado.

Michael nasceu perfeito e saudável.

Três anos depois, até a dolorosa e demorada reconstituição da mama está superada pela alegria dos filhos e do marido.

Michael é um apaixonado pelo irmão. Abraça-o muitas vezes e diz: James, meu irmão!

Quando Michelle contempla essa cena, sua voz falseia.

Ela recorda que poderia ter perdido tudo isso.

E agradece a Deus por ter feito a correta opção. Por ter atendido ao amor e preservado, embora com grande sacrifício, a sua e a vida de seu filho.

Quando ora a Deus, não somente externa seus agradecimentos, mas especialmente lhe diz:

Obrigada, meu Deus, por eu ter escutado a voz da vida. Obrigada pela minha vida, pela vida de Michael.

domingo, 28 de março de 2010

O que é um amigo?



Um professor perguntou, certa vez, a um de seus alunos qual era o significado da palavra amigo.
O menino não soube, de pronto, responder.

Ficou, por alguns momentos, em silêncio e, por fim, repetiu a palavra amigo separando devagar as sílabas

O professor, porém, insistiu: Vamos! Responda-me. Que significa a palavra amigo?

Ao fim de dois ou três minutos, então, o jovem respondeu:

- Penso que amigo é uma pessoa que nos conhece perfeitamente, sabe da nossa vida e, apesar de tudo, ainda nos quer muito bem!

- Bravo! – exclamou o mestre – eis uma resposta que me parece simples e perfeita! Um dos tesouros mais preciosos na vida é a boa amizade! – terminou dizendo ele com vibração.

“A amizade redobra as alegrias e reparte as penas em duas metades.

A amizade é um raio de sol que ilumina a vida. Não há rosto por mais imperfeito, nem espírito por mais sofredor, que um relâmpago da verdadeira amizade não possa tornar encantador.

A amizade é um sentimento raro; só são capazes de senti-lo aqueles que são capazes de inspirá-lo.”

Eis as palavras do escritor Malba Tahan, elevando à sublimidade este laço bendito que nos une ao próximo.

Talvez apenas a arte, tocada pelo condão da espiritualidade, consiga trazer em versos pronunciáveis, o que a amizade significa para o espírito.

Eis um poema de autor desconhecido:

“Pode ser que um dia deixemos de nos falar.

Mas enquanto houver amizade,

Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe.

Mas, se a amizade permanecer,

Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos.

Mas, se formos amigos de verdade,

A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos.

Mas, se ainda sobrar amizade,

Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe.

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,

Cada vez de uma forma diferente,

Sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos, e nos lembraremos para sempre.”




sábado, 27 de março de 2010

Depende de você


"ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1



As pessoas vivem de uma maneira que não gostam e fazem o que não querem para chegar a um lugar que não faz sentido para elas.



Mude a sua vida quando ela não estiver do jeito que você quer.



Viver angustiado é uma escolha que você pode deixar de fazer.



Quando acontece uma crise, as pessoas ficam se perguntando quando ela passará, na esperança de que a situação volte a ficar como era antes dela surgir.



Contudo, as coisas nunca voltam ao que eram antes de uma crise, pois esta cria uma nova realidade, e cada um de nós tem de evoluir para atuar nessa nova condição.



Quando as soluções parecerem impossíveis, olhe para o céu e lembre que Deus cuida de você, pense nas pessoas com quem você pode contar, por mais distantes que elas possam estar, e olhe para dentro de si mesmo.



Substitua sua preocupação por fé,preencha sua sensação de vazio com paz de espírito e transforme seu desespero em esperança.



Quando a alma não é ouvida, você fica doente.



A preocupação, a angústia e a depressão acontecem quando você não respeita sua alma.



A pessoa espiritualizada tem sempre a consciência de que realizar sua missão de vida, servir ao próximo e estar em paz consigo mesma são fundamentais para viver.



Quando temos fé, compreendemos que a vitória não vem de ganhar sempre o jogo, mas, sim, da consciência de realizar sua missão de vida.



Roberto Shinyashiki


sexta-feira, 26 de março de 2010

Açao de Amizade



A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar. A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal. Inspiradora de coragem e de abnegação. A amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas. Há, no mundo moderno, muita falta de amizade! O egoísmo afasta as pessoas e as isola. A amizade as aproxima e irmana. O medo agride as almas e infelicita. A amizade apazigua e alegra os indivíduos. A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações. Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental. Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma. Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam. Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria. Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa. Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa. Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor. A amizade é fácil de ser vitalizada. Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez. Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica. Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união. A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.
Divaldo Franco



quinta-feira, 25 de março de 2010

Posso estar errado





Ele carregou aquele peso inútil durante todo o dia.

Saíra de casa afobado, nervoso, e ainda por cima, havia discutido com a esposa.

Defendera uma idéia, um pensamento, com unhas e dentes, como se não conseguisse admitir, de forma alguma, que sua opinião poderia não ser a verdadeira.

Foi grosseiro, teimoso e impaciente.

Voltava agora para casa, e ao sintonizar a rádio no carro, ouviu a frase: Posso estar errado.

Era um professor dizendo o quanto sua vida se tornou diferente, quando passou a considerar esta opção, perante os alunos.

Dizia que passaram a respeitá-lo mais do que antes, quando pretendia ser sempre o dono da verdade.

Afirmava que até mesmo os conteúdos, sendo passados de uma forma mais humilde, menos impositiva, eram melhor absorvidos pela classe.

Ele resumia sua teoria dizendo: Admitir falhas é o melhor caminho.

* * *

Será que costumamos fazer este exercício? Considerar, nesta ou naquela situação ou discussão, que podemos estar errados?

Ou ainda insistimos em achar que o nosso ponto de vista é sempre o mais correto?

Parece que, ao acharmos que estamos com a razão, acreditamos que a nossa opinião é mais importante do que a dos demais, e que tem de prevalecer.

Não percebemos, mas isso é manifestação do vício do orgulho, em uma de suas muitas formas de atuação.

Um exercício interessante é tentar, a cada momento, considerar a simples hipótese de que podemos estar errados, e fazer um esforço para enxergar as coisas por outro ângulo.

Podemos experimentar ser mais flexíveis e abertos e lembrarmos que algumas vezes podemos não estar com a razão.

Tal forma de agir nos ajuda a tomar decisões mais acertadas e, conseqüentemente, duradouras, pois elas não terão sido fruto de uma reação automática de nossa personalidade.

Ao nos desapegarmos da necessidade de estarmos sempre com a razão, transformamos nossas vidas numa experiência bem mais prazerosa.

Afinal, por que temos que estar sempre certos? Não parece um peso desnecessário que carregamos nos ombros?

Buscar acertar sempre é saudável, nos faz crescer. Porém, querer ser sempre o dono da verdade, é desperdício de energia. Além de ser uma pretensão muito grande.

O caminho para a verdade está em conhecer todos os ângulos possíveis de visão sobre algo, e isso só é possível ouvindo os outros, considerando as experiências alheias na construção de nosso conhecimento.

Quanto mais humildes, mais ouvimos. Quanto mais orgulhosos, mais queremos ser ouvidos.


quarta-feira, 24 de março de 2010

Balões amarrados






Seja mais carinhoso do que o necessário, pois todos que você conhece estão de alguma forma enfrentando uma batalha!


- Uma língua afiada pode cortar a própria garganta.

- Se eu quiser que meus sonhos se realizem, não posso dormir demais. De todas as coisas que uso, minha expressão é a mais importante. A minha felicidade depende da qualidade dos meus pensamentos.

- A coisa mais pesada que carregamos é a vingança.
- Algo que posso oferecer e ainda possuir... minhas próprias palavras.
Mentimos mais alto quando mentimos para nós mesmos.

- Se não tenho coragem para começar, então já acabei.

- Uma coisa que não se pode reciclar é tempo perdido.

- Nossa mente é como um pára-quedas: só funciona aberto.

- A vida é muito curta para se arrepender.
Então, ame as pessoas que te tratam bem e perdoe aquelas que te ofendem.

- Tenha um amor especial para as que te tratam mal.

- Acredite que tudo acontece por uma razão.
Se tiver uma segunda chance, agarre-a com as duas mãos.

- Ninguém disse que a vida seria fácil, só que vale a pena.

- Os amigos são como balões; se você os deixar ir, talvez nunca mais vá tê-los de volta.

- Às vezes nos ocupamos com nossas próprias vidas que não notamos que os deixamos ir.

- Às vezes nos preocupamos com quem está certo ou errado, e esquecemos o que é certo e errado.

- Às vezes nos esquecemos o que é amizade até que seja tarde demais.

- E eu não quero que isso aconteça então vou amarrar as pessoas que amo no meu coração assim eu nunca vou perdê-las.


terça-feira, 23 de março de 2010

Perante os amigos


O amigo é uma benção que nos cabe cultivar no clima de gratidão. Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, nem amparar e nem servir, não saiu de si mesmo ao encontro do amor de alguém. A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim. Teremos vencido o egoísmo em nós quando nos decidirmos a ajudar aos entes amados a realizarem a felicidade própria, tal qual entendem eles, deva ser a felicidade que procuram, sem cogitar de nossa própria felicidade. Em geral, pensamos que os nossos amigos pensam como pensamos, no entanto, precisamos reconhecer que os pensamentos deles são criações originais deles próprios. A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos. Assim como espero que os amigos me aceitem como sou, devo, de minha parte, aceitá-los como são. Toda vez que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estaremos desmoralizando a nós mesmos. Em qualquer dificuldade com as relações efetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas. Quanto mais amizade você der, mais amizade receberá. Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.
Francisco Cândido Xavier.


segunda-feira, 22 de março de 2010

O caminho das sementes







A semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor.
Longa é a jornada, e sempre será mais seguro não entrar nessa jornada, porque o percurso é desconhecido, e nada é garantido. Nada pode ser garantido.
Mil e uma são as incertezas da jornada, muitos são os imprevistos e a semente sente-se em segurança, escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca, esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a mover-se.
A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos.
Não havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por milênios, mas para a plantinha os perigos são muitos. O brotinho lança-se, porém, ao desconhecido, em direção ao sol, em direção à fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por quê. Enorme é a cruz a ser carregada, mas a semente está tomada por um sonho, e segue em frente.
Semelhante é o caminho para o homem. É árduo. Muita coragem será necessária.
Existem pequenas flores silvestres que enfrentam o desafio das rochas, das pedras em seu caminho, para aflorarem à luz do dia.
Envoltas em uma brilhante aura de luz dourada, elas exibem a majestade do seu pequenino ser. Sem nenhum constrangimento, equiparam-se ao sol mais brilhante.
Quando nos defrontamos com uma situação muito difícil, há sempre uma escolha: podemos ficar repletos de ressentimentos e tentar encontrar alguém ou alguma coisa em que pôr a culpa pelas nossas dificuldades, ou podemos enfrentar o desafio e crescer.
As flores nos mostram o caminho, na medida em que a sua paixão pela vida as conduz para fora da escuridão, para o mundo da luz.
Não há nenhum sentido em se lutar contra os desafios da vida, ou tentar evitá-los ou negá-los. Eles estão aí, e se a semente deve transformar-se na flor, precisamos passar por eles.
Seja corajoso o bastante para transformar-se na flor que você foi feito para ser.

Gilson Chveid Oen


domingo, 21 de março de 2010

Chegou o Outuno







É outono... a mágica estação do ano em que a natureza revela um especial esplendor.

Calmamente vou adentrando a alameda de plátanos dourados.

Um tapete amarelo-avermelhado espalha-se a meus pés...

...por onde sigo pisando tão calmamente, como num caminho perfeito,

num vagar calculado, com o firme propósito de saborear esses momentos

de pura e encantadora magia...

Um cenário perfeito para reflexões e versos que me me vêm à mente...

Imagino se existe um portal no paraíso... então este deve ser o portal do paraíso...

Longos soluços dos violinos de outono

Ferem meu coração com langor monótono...

E choro, quando ouço, ofegando, bater a hora,
lembrando os dias, as alegrias e ais de outrora.
E vou-me ao vento que, num tormento
me transporta de cá para lá, como faz a folha morta.

(Verlaine)

"O amor muda como as folhas das árvores no outono.
E, se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar."
(Emily Brönte)

O renovar das estações é necessário à natureza,
assim como o renovar da esperança em nossos corações...
Que nossas almas possam refletir a paz do universo
como o reflexo das árvores
numa tarde límpida de outono...
Explosão de alegria, profusão de cores,
Como foi um dia
a explosão de meus amores...

Folhas de outono...
Nas árvores, nos ares, no chão.
Folhas de outono em sua derrareira e incomparável glória,
exalando um aroma adocicado, de flutuante despedida.
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folharéu no espaço em redemoinhos...

(Araujo Jorge)


Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...

(Araujo Jorge)

Prossigo, relembrando os melancólicos outonos que já vivi...
As diferentes primaveras que vivenciei – ternas, intensas, fortes, coloridas...
E os verões... Quantos verões ardentes, sedentos, apaixonantes...
E novas reflexões me vêm à mente..
Meu olhar repousa sobre uma dessas pequeninas folhas de outono,
que insiste em permanecer no ar, como se ainda lhe restasse
uma leve esperança de não esmorecer de vez no chão úmido,
salpicado por centenas de outras folhinhas em decomposição,
já se entregando ao ciclo implacável da natureza.

Explosão de alegria, fascinante profusão de cores,

Como foi um dia
a explosão de meus amores...

As folhas ao cair, evocam a brevidade dos nossos dias. O outono das pinceladas de azul-água, a coloração acinzenta do céu e a timidez e sofrimento das árvores despidas, imploram-nos uma introspecção e reflexão sobre este viver cíclico, sempre em transformação e numa velocidade alucinante.
(A.Canotilho)

Folhas de outono a cair dolentes, num bailar dourado, esvoaçantes, ternas, doces, displicentes,

espalhando pelos ares pingos multicores – pálidos, marrons, rubros, nacarados, cintilantes,

diferentes e diversos como os sentimentos humanos, que transitam numa vasta gama

- eterna e densa - que vai da apatia à paixão intensa.

Caminho devagar... saboreio cada instante...

A sabedoria do peregrino consiste - não em chegar depressa a seu destino -

mas em apreciar as belezas do caminho...

Áureos tons da natureza.... paleta das mãos de Deus...

tanto amor, tanta beleza, preenchendo os olhos meus...

As correntezas da vida e os restos do meu amor

resvalam numa descida... como a da fonte e da flor...
(Vicente de Carvalho)

A folhinha, finalmente, repousa sobre o chão.

De repente, não a percebo mais;

ela misturou-se aos infinitos outros pontos amarelos do chão de outono...

entregou-se a seu inevitável destino de participar do

processo de transformação da natureza,

para um dia retornar em alguma paisagem,como a lembrar-me que...

...a vida se move em ciclos
de fazer e desfazer,
que sentimentos arrefecem,
que ardentes paixões esfriam,
que toda glória é efêmera...
mas que os ciclos favorecem
o renascer da esperança -
– e esse, sim, é duradouro... é eterno
em todos os corações humanos...

Oriza Martins


sábado, 20 de março de 2010

Quebra cabeça




Ganhei de um amigo, há dois meses, um quebra-cabeças de 1.500 peças.
Eu não montava um quebra-cabeça desde que era criança. É engraçado como nós deixamos de fazer certas coisas quando crescemos: quebra-cabeças, colorir, brincar com bonecas, pular corda, pique de esconder... Coisas que nos trouxeram tanta alegria quando criança, nós paramos de fazer quando alcançamos uma certa idade - é uma vergonha, não é?
Devo admitir, eu realmente aproveitei o quebra-cabeças. Embora muito frustrante às vezes, era um bom desafio. Cada vez que eu achava uma peça que se encaixava, era extremamente recompensador.
Bom, e daí?
Você já percebeu quantas semelhanças existem entre um quebra-cabeças
e a vida?
Num quebra-cabeças, cada peça é parte muito importante no grande quadro. Na vida, são as pessoas e os acontecimentos as partes importantes. Como peças de um quebra-cabeças, cada um de nós é único, especial em seu próprio jeito. Embora semelhantes, não há dois iguais. Ironicamente, são nossas diferenças que nos fazem 'encaixar'.
Enquanto eu trabalhava no quebra-cabeças, havia uma peça que eu estava certa de pertencer à um ponto em particular. Mas não encaixava. Acabava voltando a ela tentando encaixa-la, me esquecendo que já havia tentado. Eu tinha meu pensamento focado no fato de que eu sentia que a peça era daquele espaço.
Penso em quantas vezes eu fiz a mesma coisa em minha vida. Tentando fazer acontecer coisas que simplesmente não era pra ser. Tentava várias vezes, chegava ao ponto de forçar, mas não era pra ser... e nada do que eu fiz mudou isso.
Se você já montou quebra-cabeças, sabe como é perder tempo procurando um pedaço específico. De repente parece tão obvio... mas eu não conseguia achar. Consegui foi embaralhar ainda mais as peças. Fiquei frustrada e decidi deixar pra lá e ficar longe dele. Quando voltei mais tarde, eu achei a peça imediatamente. Estava bem na minha frente desde o começo.
Minha vida foi assim muitas vezes. Tentava entender por que certas coisas aconteciam e do jeito que aconteciam. Procurava as respostas por todos os lados e às vezes as respostas estavam bem na minha frente. Era só dar uma paradinha, um pequeno passo atrás, respirar e acalmar que as respostas me encontravam.
Olhando as peças deste quebra-cabeças, eu penso nas 'peças' de minha vida: minha família, meus amigos, acontecimentos, marcos e celebrações.
Uma mistura de bom e ruim, alegria e lágrima, felicidade e tristeza.
Penso em todas as peças que imaginei sem importância e sem propósito. Reflito em todos as peças que em minha vida me fizeram perguntar... 'Por que, meu Deus?'... 'Por que isto?'
E repentinamente percebi que por causa dessas peças, outras peças se encaixaram tão bem.
Tudo em nosso vida acontece por uma razão. Cada acontecimento, bom ou mau, como uma peça do quebra-cabeças. Deixe uma peça de fora e se
quebra a harmonia inteira do produto final.
Talvez ainda não possamos entender o papel importante de cada peça em nossa vida, ainda existem muitos buracos e o quadro ainda não está claro. Mas sei que quando minha viagem nesta vida estiver concluída, e a peça
final estiver em seu lugar, eu entenderei. E serei capaz de ver o quadro completo e a beleza de cada peça.
Até lá, eu continuarei a viver com fé. Sabendo e confiando que todas as peças que eu preciso estão aí e que é só uma questão de tempo até que se encaixem bem. Lembrarei de que há um grande quadro, um plano para mim,
e que sou incapaz de ver agora.
Acreditarei que cada peça em minha vida, mesmo as dolorosas, têm
propósito e cumprem papel importante. E quando estiver fraca, procurarei força pela oração.
Farei isto até que a obra- prima de Deus em mim estiver finalmente
completa, e Ele então cochichará... 'Muito bom! Está feito!'.



sexta-feira, 19 de março de 2010

Qualidades dos Amigos



Preciosa colaboração da amiga Arlete!


Há momentos em que a luz miuda
nos revela mais que mil holofotes.



Segundo o budismo,as pessoas devem procurar por três qualidades seguintes em seus amigos: honestidade, sensatez e conhecimento.

Em função dos amigos, as vidas de algumas pessoas mudam para melhor.



Inversamente, por causa de seus amigos, outras se enredam em situações terríveis.



Por isso, precisamos ser cautelosos ao fazer amizades.


Amigos não devem sentir inveja das realizações ou talentos mútuos.



Há muitos casos de bons amigos que se tornaram inimigos por causa da inveja.



Ao contrário, amigos devem apoiar e ajudar uns aos outros a alcançar o sucesso.



Honestidade, cooperação, compreensão e confiança são o que há de mais importante na amizade.



Devemos ser amigos daqueles que estão dispostos a apontar nossas falhas, e não dos que nos bajulam o tempo todo com elogios vazios.



Afortunados são os que têm alguns poucos amigos firmes, leais, incentivadores e dedicados.



É melhor não ter nenhum, do que se envolver com pessoas interesseiras, falsas ou aproveitadoras.


“Estar na companhia de bons amigos é como permanecer numa sala repleta de orquídeas: depois de algum tempo, emana-se sua fragrância sem que se perceba.



Estar na companhia de maus amigos é como passar muito tempo em um mercado de peixes: emana-se seu mau cheiro sem que se dê conta.



” Se fizermos amizades equivocadas, nossa vida será repleta de perigos"





quinta-feira, 18 de março de 2010

Ecologia interior


Por um minuto, esqueça a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio ecobiológico? Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado o teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo?
Teus pensamentos são poluídos? As palavras, ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos — mágoas, ira, inveja — se amontoam em teu espírito?

Examina a tua mente. Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância?

Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia. Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.

Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo - e os outros te receberão como dom de amor.

Pratica a difícil arte do silêncio. Recolhe-te no mais íntimo de ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade.Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis .

Frei Beto


quarta-feira, 17 de março de 2010

Uma idéia melhor




Em uma pequena cidade, a cena causava espanto e admiração ao mesmo tempo, talvez porque o protagonista da história fosse um senhor bem idoso. Ele costumava passar o dia inteiro plantando árvores. Certo dia, algumas pessoas que passavam por ali pararam, admiradas, observando aquele ancião que plantava mudas ao longo da rua. Lisonjeado com o interesse, o velho parou seu trabalho e explicou: Meus filhos andam sempre insistindo comigo para mandar fazer uma sepultura. Mas eu tenho uma idéia melhor. Obtive licença para plantar árvores nas ruas ainda não arborizadas, e é assim que estou gastando o dinheiro que poderia ser empregado num mausoléu. Já estou com 80 anos, e nunca vi ninguém procurar a sombra de uma sepultura para descansar, nem é num cemitério que a criançada vai brincar. Daqui a 20 anos, meu nome estará completamente esquecido. Mas meus netos e outras tantas crianças estarão aqui para admirar e usufruir destas árvores. Ademais, quem passar por estas calçadas, nos dias de calor, há de achar agradável a sombra delas. Impressionante a lucidez daquele homem que já vivera quase um século. A sua capacidade de discernimento era maior que a dos filhos que, certamente, não queriam se incomodar com a construção de um túmulo para o velho pai, quando este fechasse os olhos para o mundo dos chamados vivos. Utilizando-se dos próprios recursos, financeiros e de forças físicas, tratou de produzir coisas úteis, ao invés de construir o próprio túmulo e esperar a morte chegar. Por certo deixava aos mortos, como o recomendara Jesus, o cuidado de enterrar seus mortos. Deixava para os filhos, que já se encontravam mortos para os verdadeiros valores da vida, o cuidado de enterrar aquele que consideravam morto, mas que em realidade estava mais do que vivo. O personagem dessa história, certamente já foi enterrado há muito tempo, considerando-se que o fato ocorreu há mais de 40 anos. Mas o seu Espírito imortal e lúcido, talvez esteja, neste mesmo instante, revestido de um novo corpo infantil, pela lei da reencarnação, brincando de cabra-cega entre as árvores plantadas por ele mesmo, há anos atrás. Considerando-se sob esse aspecto, entenderemos por que é que quem faz o bem aos outros, acaba beneficiando-se a si mesmo. E quem faz o mal, igualmente o recebe como resposta. Esse é o efeito bumerangue, ou Lei de Causa e Efeito, ou, ainda, o "A cada um segundo suas obras", ensinado por Jesus.
* * * Quem planta flores, planta beleza e perfumes para alguns dias. Quem planta árvores, planta sombra e frutos por anos, talvez séculos. Mas quem planta idéias verdadeiras, planta para a eternidade.

terça-feira, 16 de março de 2010

Tartarugas







Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique.

As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram sete anos para prepararem-se para seu passeio.
Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado.

Durante o segundo ano da viagem encontraram um lugar ideal!

Por aproximadamente seis meses limparam a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos.

Então descobriram que tinham esquecido o sal.
Um piquenique sem sal seria um desastre, todas concordaram.

Após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas.

A pequena tartaruga lamentou, chorou, e esperneou. Concordou em ir mas com uma condição:

que ninguém comeria até que ela retornasse.

A família consentiu e a pequena tartaruga saiu.

Três anos se passaram e a pequena tartaruga não tinha retornado.

Cinco anos... Seis anos... Então, no sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha não agüentava mais conter sua fome.

Anunciou que ia comer e começou a desembalar um sanduíche.

Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou, Viu!

Eu sabia que vocês não iam me esperar.

Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.

Descontando os exageros da estória, na nossa vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma forma.

Nós desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas.

Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo que deixamos de fazer nossas próprias coisas.





segunda-feira, 15 de março de 2010

O sentimento do outro

Recebi esta preciosa reflexão da amiga Lu e divido com vocês.
É uma simples maneira de mostrar como aprender a conviver.
As lições estão sempre chegando para todos
mas apenas alguns aprendem!

Sam Douglas costumava dizer à esposa que, ao seu ver, ela passava muito tempo trabalhando no jardim, arrancando ervas daninhas, pondo fertilizantes, cortando o gramado duas vezes por semana...

Ele alegava que, apesar de seus esforços, o jardim continuava o mesmo de quando haviam mudado para aquela casa 4 anos atrás.

Naturalmente, ela se sentia magoada com essas observações e, cada vez que ele voltava a fazê-las, a noite para ela estava arruinada, assim como rompia o equilíbrio do relacionamento de ambos.

Depois de muito tempo, após algumas reflexões, o Sr. Douglas compreendeu como tinha sido tolo durante aqueles anos.

Nunca lhe ocorrera que dava prazer à esposa trabalhar daquela maneira e, por certo, apreciaria um elogio por seu empenho e dedicação.

Certo dia, a esposa disse que iria arrancar algumas ervas e convidou-o para acompanhá-lo ao jardim.

A princípio ele recusou mas, depois de pensar melhor, saiu e começou a ajudá-la.

A esposa ficou visivelmente feliz e juntos passaram uma hora trabalhando duro e entabulando conversa agradável.

A partir de então, ele passou a ajudá-la na jardinagem. Fazia-lhe elogios sobre seu trabalho, pois o jardim andava bonito de se olhar.

Resultado: uma vida mais feliz para ambos, porque ele aprendera a ver as coisas a partir do ponto de vista dela, ainda que o assunto fosse unicamente ervas daninhas.

O que se construía ali, naqueles momentos, era muito mais do que um belo jardim. Construía-se uma relação de entendimento, de empatia e respeito entre ambos.

* * *

Muitas vezes nosso olhar sobre o outro, sobre suas atividades e sentimentos, é extremamente superficial.

O egoísmo em nós ainda cega para as necessidades do outro, e isso, num relacionamento a dois, é fator preponderante para o fracasso.

Necessário que deixemos as cavernas de nossas preocupações pessoais para conhecer outras moradias, nos aproximando do outro.

Nesse caminho sempre seremos presenteados com o sol do dia, que nos fará enxergar a vida e o próximo de forma muito mais nítida.

O que para um pode não ter importância ou significado, para o outro poderá ser fundamental.

Considerar isso é um exercício necessário, que deve ser realizado com constância e interesse.

A empatia é a sábia comandante dessa proposta elevada, que nos convida a perceber o outro e suas razões através de um novo ponto de vista, de uma nova perspectiva.

Ela nos ajuda a ser menos implacáveis nos julgamentos e condenações que fazemos.

Ela nos ajuda a compreender e a desenvolver a compaixão, evitando que a raiva e a vingança tomem o leme de nossa existência.

Ela nos faz entender que as ideias e sentimentos das outras pessoas são tão importantes quanto os nossos.

Ela nos ajuda a amar o ser amado...






domingo, 14 de março de 2010

Onde foi parar o tempo?


Quando eu era pequena, havia mais terrenos baldios, e menos canais de televisão.
Mais cachorros vadios e menos carros na rua. olo

Havia até carroças na rua, em plena São Paulo. E carroceiros fazendo o pregão dos legumes. Havia mascates batendo de porta em porta – convenientes ou não.

E mendigos pedindo pão velho. Por que os mendigos não pedem mais pão velho?

O Velho do Saco assustava as crianças. O saco era de estopa, claro. Não havia uma enorme profusão de sacos plásticos – levávamos sacolas de palha para o supermercado.

E cascos vazios para trocar por garrafas cheias – não haviam garrafas descartáveis.
Refrigerante era caro. Só tomávamos no fim de semana, domingo, com a macarronada da vó, ou com sorte, sábado, quando pedíamos uma pizza. Pedíamos de vez em quanto, claro, pois haviam poucas pizzarias e era um evento social jantar nelas.

As latas de cerveja eram de lata mesmo, não eram de alumínio. Leite vinha num saco. Ou então o leiteiro entregava em casa, em garrafas de vidro.

Cozinhava-se com banha de porco, depois óleo em latas de ferro. Toda dona-de-casa tinha uma lata de banha debaixo da pia.

O barbeador era de metal, e a lâmina era trocada de vez em quando. Mas só a lâmina.

As camas tinham suporte para mosquiteiro.

As casas tinham quintais. Os quintais tinham sempre uma laranjeira, ou uma pereira, ou um pessegueiro e comíamos fruta no pé. Ou lutávamos para pegar o que caia no quintal do vizinho, que tinha um muro baixo, não era todo fechado, lacrado e com arame farpado.

Minha vó tinha fogão a lenha. E compotas caseiras abarrotando a despensa. E chimia de abóbora, e uvada, e pão de casa.

Meu pai tinha um amigo que fumava palheiro. Era comum fumar palheiro na cidade; tinha-se mais tempo para picar fumo. Fumo vinha em rolo e cheirava bem. Hoje o palheiro é usado para outro tipo de cigarro.

O café passava pelo coador de pano. As ruas cheiravam a café. Chaleira apitava. O que há com as chaleiras de hoje que não apitam?

As lojas de discos vendiam long plays e fitas K7. Supimpa era ter um três-em-um: toca-disco, toca-fita e rádio. Dizia-se ’supimpa’, que significa ‘bacana’. Pois é, dizia-se ‘bacana’, saca?

Os telefones tinham disco. Discava-se para alguém. Depois, punha-se o aparelho no gancho. Telefone tinha gancho. E fio. Celular só existia no seriado Jornada Nas Estrelas, ou no telefone sapato do Agente 86.

Se o seu filho estivesse no quarto dele e você no seu escritório, você dava um berro pra chamar o guri, em vez de mandar um e-mail ou um recado pelo MSN.

Estou falando de outro milênio, é verdade. Mas o século passado foi ontem! Isso tudo acontecia há apenas 20 ou 25 anos, não mais do que o espaço de uma geração.

Agora, cremos que a vida ficou muito melhor.

Tudo era mais demorado, mais difícil, mais trabalhoso.
Então por que engolimos o almoço? Então por que estamos sempre atrasados?
Então por que ninguém mais bota cadeiras na calçada?
Alguém pode me explicar onde foi parar o tempo que ganhamos?

Marcelo Canellas



sábado, 13 de março de 2010

Bom dia!





Bom dia, dia!

Você está a bordo de um novo dia.
Diga: bom dia, dia!
Bom dia, vida!
Bom dia, sensibilidade!
Bom dia, fé!
Bom dia, coragem!
Bom dia, talento!
Bom dia, trabalho!
Bom dia, alegria! Bom dia, felicidade!
Bom dia pra você!


Tem muita coisa boa para você aproveitar.
Há sensações que vem de dentro
e que precisam ser colocadas para fora.
Há sensações que vem de fora
que precisam ser interiorizadas.

Esteja aberto e pronto para emitir sinais.
E também para captar o que está no ar.
Se o caminho que você planejou é muito longo,
não se desespere com a distância
que ainda falta para chegar.
Concentre-se no próximo passo.
Ou mesmo no primeiro passo.

Hoje você pode comecar algo novo
que vai levá-lo muito longe.
Inicie algo hoje nem que seja uma mudança.
Se você resiste a mudanças tenha ao menos
desculpas novas para dar pelo que
você deixa de fazer.

Tenha atitudes simples, mas honestas.
O início de qualquer coisa nova para sua evolução,
pessoal, espiritual ou profissional,
começa aí dentro de você, silenciosamente,
enquanto organiza seus pensamentos
para mais um dia.
Está no ar uma nova manhã...
Um novo dia...






sexta-feira, 12 de março de 2010

Passageiro


"Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão." Marcos 13:31


A vitalidade é demonstrada não apenas na habilidade de persistir, mas na habilidade de começar tudo de novo. F. Scott Fitzgerald


Nenhuma tempestade pode durar para sempre! Nunca irá chover 365 dias consecutivos.


A chuva pode estragar sua cerimônia de casamento, ou seu telhado; pode atrasar a sua viagem; pode até mesmo inundar a sua casa, provocando nela tremendos estragos.
Entretanto, não importa quão forte ela seja: um dia a água irá baixar, e tudo voltará a ficar seco.


Da mesma forma os problemas não vieram para ficar.
Eles passarão!


Assim como em meio a uma tempestade que traz consigo seus raios e trovões alucinantes, seu coração pode se sentir extremamente temeroso, ansioso e debilitado em meio às tormentas da vida.


Talvez você sinta que aquele problema jamais será resolvido; que aquela questão nunca será resolvida.


Alguma coisa ou alguém pode lhe haver causado uma dor enorme ao coração, à mente, e a todo o seu ser.


Talvez você haja sido arrastado pelas inundações do medo, da angústia, do ressentimento, do sentimento de abandono e solidão, do desejo de vingança e de justiça, com prejuízos emocionais consideráveis.


Mas não se preocupe!


Com Deus a seu lado, nenhuma tempestade, por mais forte e intensa que possa ser, irá durar para sempre.


Graças a Deus



Filha do vento



Cy, ofereço esta postagem pra você com todo carinho,




Fille du vent et du soleil
Au fond de mon cœur tu éveilles
L'envie de vivre auprès de toi.
Quand tu me donnes ton empire
D'amour, de charme et de plaisir
Moi je me sens devenir roi.
Crier d'amour dans une gare,
Briser ma voix pour t'appeler,
Noyer ma vie dans ton regard,
Brûler mes doigts pour te garder.
Fille du vent et du soleil
Envole-toi de mon sommeil
En venant vivre auprès de moi.
Vouloir ton corps dans un espoir,
Mourir à force de prier,
Me recréer de tout mon art,
Aimer tous ceux de ton passé.
Fille du vent et du soleil
Au fond de mon cœur tu éveilles
L'envie de vivre auprès de toi



Filha do vento e do sol
Em meu coração está acordado
O desejo de viver com você.
Quando você me der o seu império
No amor, dor ou alegria
Vou vou me tornar seu rei.
Gritando para o amor em uma estação,
Quebrando a minha voz a chamá-la,
A minha vida em seus olhos,
Segurando em meus dedos para mantê-la.
Filha do vento e do sol
Voe pra longe de meu sono
E venha morar comigo.
Querendo seu corpo à esperança,
Morrendo e rezando para a força,
Vou recriar toda a minha arte
Amando todo o seu passado.
Filha do vento e do sol
Em meu coração está acordado
O desejo de viver perto de você



quinta-feira, 11 de março de 2010

A casa do Amor








O porão, é quase sempre um lugar bastante triste e seu ambiente sempre nos afeta. Quando estamos no porão estamos profundamente infelizes. Achamos que o mundo está contra nós. Mesmo as pessoas mais próximas viram inimigas.
O objetivo da nossa permanência no porão é aprender a reconhecer as coisas que precisam ser curadas em nós e entender de que forma contribuímos para nossa própria infelicidade. Enquanto estamos no porão não fazemos idéia de que precisamos curar alguma coisa, o problema é com os outros, não conosco.
No porão precisamos olhar os relacionamentos que estão à nossa volta como um reflexo de nós mesmos, para que possamos descobrir o lugar que queremos ocupar em qualquer relacionamento.
A única maneira de fazer isso é permitindo-se a fazê-lo. Temos que estar dispostos a liberar as coisas que não estão funcionando, nos abrindo para escutar as verdades que não quisemos ouvir até agora.


Os dispositivos indispensáveis para sair do porão são: VONTADE E DISPOSIÇÃO!



Vamos agora subir a escada para o primeiro andar, é o lugar onde moramos quando sabemos que precisamos nos curar, mas ainda não sabemos exatamente o quê há de errado. Durante essa fase admitimos que estivemos envolvidos em relacionamentos e situações que nos deixaram infelizes e, em vez de culpar outras pessoas, olhamos para nós mesmos.

O PRIMEIRO ANDAR


Começar o questionamento dá início ao processo de cura. Fazer perguntas significa abrir-se para respostas e estar em busca da verdade. Este pode ser um lugar assustador, porque é no primeiro andar que devemos admitir: “Sei que contribuí de alguma forma para minha própria infelicidade, mas não sei como e nem por quê”.
Os dispositivos para sair do primeiro andar são:
VERDADE E RESPONSABILIDADE!



SEGUNDO ANDAR


O segundo andar é o mais importante de todos, pois nele se inicia um nível mais profundo de aprendizado.
A primeira última e única lição que você tem que aprender neste andar é: “Não Existe nada errado comigo ou com as outras pessoas”.
Agora você entende que todas as experiências, todos os relacionamentos, todos os acontecimentos dolorosos ou constrangedores foram necessários para o seu crescimento. Irá descobrir que Deus sempre amou e irá amar você, não importa o que tenha feito ou o que possa fazer.
E você descobre isso quando percebe que só o AMOR DE DEUS poderia ter retirado você do porão.
Renunciar é o detergente espiritual para o trabalho que você tem que fazer neste andar.
A renúncia funciona melhor quando usada junto com o perdão. No segundo andar, você está realmente mudando do modelo passivo/agressivo para uma abordagem receptivo-ativa.
Tendo se livrado de grande parte das porcarias e lixos mentais, pode agora ouvir seus próprios pensamentos e escutar outras pessoas.

Os dispositivos para sair do segundo andar são: RENÚNCIA E PERDÃO



Vamos pegar o rumo da escada novamente. Agora você está a caminho de descobrir a verdade sobre si mesmo. A esta altura saberá o que está errado e o que fazer a respeito. Isso por si só já é difícil, mas existe outro problema: ao subir do segundo andar para o terceiro, cada vez que aplicar o que sabe, irá surgir outra situação para testar sua confiança e paciência.


TERCEIRO ANDAR


O que faz a experiência de subir do segundo andar para o terceiro andar mais desafiadora, é o fato de que cada degrau desta escada entre os dois andares, esta coberto por suas experiências. Imagine aqueles tapetes linnnnndos todo florido, alto, chiqueeeeerrimo....são as suas, nossas experiências.
Aqui devemos aprender que : “AMAR A SI MESMO É A ÚNICA COISA IMPORTANTE, PORQUE QUANDO NOS AMAMOS PODEMOS AMAR A TODOS E A QUALQUER UM”.
Quando chegamos neste nivel, a tentação de desistir aparecerá muitas vezes.
Você vai querer reclamar, emburrar, voltar atrás... Não desista, pois já percorreu uma grande parte do caminho, tenha paciência e continue em frente.
Nesses momentos seu equipamento parecerá precário, mas tenha certeza de que você chegará lá. E um dia quando você menos esperar, verá a luz.
Irá experimentar o esplendor de morar no terceiro andar dessa Mansão. Sentirá paixão por si mesmo e pela vida. Você conseguiuuuu!!!!!!!! Ainda que a cura não seja completa, sabe o que fazer, como fazer e por que é necessário manter o amor no centro de tudo. Uhuuuuuuuu.......não é o maximoooooo.....
Começará a ensinar as pessoas o que aprendeu, compartilhando suas histórias pessoais sem medo do que possam pensar de você.
Perceberá que enquanto estava aprendendo, lembrando e recriando suas idéias a respeito do amor, o amor estava ao seu lado te ouvindo, te observando... todo feliz da vida.... Vai descobrir que o seu papel na vida é servir ao próximo e, ao mesmo tempo gostar de si mesmo.
Muitas pessoas se tornam moradores permanentes do terceiro andar. Isso é perfeitamente aceitável. Você pode morar neste lugar e nesse estado de consciência durante muito tempo e sentir total satisfação.
Mas, um dia irá perceber que existe um andar acima e que a única coisa que precisará fazer para subir é uma ligeira mudança.

Terceiro andar: CONFIANÇA E PACIÊNCIA!




Ta vendo aquela escada em caracol de ferro fundido, em estilo rococó? Linda né.... Vamos, é o que leva ao sótão da nossa casa. Lá é como a consciência das crianças, que vivem totalmente confiantes, aceitando a si mesmas e aos outros. No sótão, nos comprometemos a mudar nossa consciência para um estado de amor, amor-próprio incondicional.

Neste nível de desenvolvimento, já limpamos tão bem o nosso subconsciente, que não importa o que pense, o amor irá se manifestar.



O SÓTÃO


Aqui estamos em boa companhia, teremos muito apoio e proteção. Este é o reino do “Espírito”.
É a mais alta faculdade da nossa mente. Quando nós ultrapassamos todas as questões humanas e chegamos a este nível de consciência estamos em companhia dos mestres, dos nossos guias, da Espiritualidade de Luz.
Nos tornamos a “luz do mundo”.
Nossa, como nossa casa cresceu né...e é linda demais... Então vamos arrumá-la, concerta-la, andar por todos os cantos ajeitando e limpando, e subindo cada um dos andares de cabeça erguida e feliz da vida.
Pois somos capacitados, inteligentes e muito, mas muito mesmo amados por nosso Deus Pai.






quarta-feira, 10 de março de 2010

Ajuda-me



"Ajuda-me a dizer a palavra da verdade na cara dos fortes, e a não mentir para obter o aplauso dos débeis.

Se me dás dinheiro, não tomes a minha felicidade, e se me dás forças, não tires o meu raciocínio.

Se me dás êxito, não me tires a humildade, se me dás humildade, não tires a minha dignidade.

Ajuda-me a conhecer a outra face da realidade, e não me deixes acusar os meus adversários, apodando-os de traidores, porque não partilham o meu critério.

Ensina-me a amar os outros como me amo a mim mesmo, e a julgar-me como o faço com os outros.

Não me deixes embriagar com o êxito, quando o consigo, nem a desesperar, se fracasso.

Sobretudo, faz-me sempre recordar que o fracasso é a prova que antecede o êxito.

Ensina-me que a tolerância é o mais alto grau da força e que o desejo de vingança é a primeira manifestação da debilidade.

Se me despojas do dinheiro, deixa-me a esperança, e se me despojas do êxito, deixa-me a força de vontade para poder vencer o fracasso.

Se me despojas do dom da saúde deixa-me a graça da fé.

Se causo dano a alguém, dá-me a força da desculpa, e se alguém me causa dano, dá-me a força do perdão e da clemência.

Meu Deus, se me esquecer de Ti, Tu não Te esqueças de mim."

Mohandas Karamchand GANDHI, mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi ('Mahatma', do sânscrito 'A Grande Alma') (2 de Outubro de 1869 - Nova Déli, 30 de Janeiro de 1948) foi um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano e um influente defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.

O princípio do satyagraha, freqüentemente traduzido como 'o caminho da verdade' ou 'a busca da verdade', também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racistas, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela.

Frequentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).

"O verdadeiro conhecimento da religião derruba as barreiras entre uma fé e outra, e dá origem à tolerância. O cultivo da tolerância para com as demais crenças proporciona uma compreensão mais verdadeira da própria". (Mohandas K. Gandhi)


terça-feira, 9 de março de 2010

O significado da benção






Recebi esta mensagem da amiga Jane e transcrevo aqui com muito prazer.

Quando alguém te diz: “QUE DEUS TE ABENÇOE” não está só desejando o melhor para você, mas também atuando a favor de si.

Quando bendizes a alguém, também estás atraindo a proteção de Deus para você.

O efeito de abençoar é multiplicador,

já que é dado por Deus a seus filhos.

A bênção invoca o apoio permanente de Deus para o bem estar da pessoa, fala de agradecimento, confere prosperidade e felicidade à pessoa que a recebe da nossa parte.

A bênção começa nas relações de pais e filhos.

Os filhos que recebem a bênção da parte

dos seus pais,

têm um bom começo emocional e espiritual na vida.

Recebem um firme propósito de amor e aceitação.

Este princípio também se aplica na relação de casais.

As amizades se aprofundam e se fortalecem.

Há muitos que nunca receberam uma palavra abençoada.

O poder da vida e da morte está na Palavra.

Ao abençoares estás outorgando vida.

Por isso, hoje eu peço que Deus te abençoe.

Distribua bençãos por onde vás, não só com palavras, mas ações.

Elas retornarão a ti quando menos esperares.

Geralmente a pessoa que vive na presença de Deus, amando-O e agradecendo-O, tem o privilégio da sua Divina Benção sempre.

Que Deus te Abençoe.



segunda-feira, 8 de março de 2010

A cúmplice





Hoje é o Dia internacional da Mulher.
Aqui minha homenagem nesta
linda letra e música de Juca Chaves

Feliz Dia das mulheres, para todas as grandes
Mulheres de minha vida.


Eu quero uma mulher
que seja diferente
de todas que eu já tive,
de todas tão iguais
que seja minha amiga,
amante, confidente
a cúmplice de tudo
que eu fizer a mais.
No corpo tenha o Sol
no coração a Lua
a pele cor de sonho
as formas de maçãs
a fina transparência
uma elegância nua
o mágico fascínio
o cheiro das manhãs.
Eu quero uma mulher
de coloridos modos
que morda os lábios sempre
que for me abraçar
no seu falar provoque
o silenciar de todos
e seu silêncio obrigue
a me fazer sonhar
Que saiba receber
que saiba ser bem-vinda
que possa dar jeitinho
a tudo que fizer
que ao sorrir provoque
uma covinha linda
de dia, uma menina
a noite, uma mulher




domingo, 7 de março de 2010

Esperança





Apesar de todos os obstaculos que encontro pela minha vida, apesar das dificuldades que enfrento,ainda assim,tenho a Esperanca.
A esperanca vive em mim,amanhece comigo,percorre o dia todo e quando anoitece ela está ainda mais fortalecida.
Quando meus pensamentos estao confusos e minhas idéias nao sao decifraveis,nao desisto!
lembro-me da esperancaque me move..
Quando meu caminho está tortuoso, em inha chances sao diminuidas,lembro-me da esperanca que devo ter sempre.
Esperanca, é acerteza de que algo de bom vai acontecer..é a confiancaque tudo vai dar certo.
Todos devemos teressa esperanca.para que nao sintamos caídos,para que nosso dia seja menos tumultuado, e para que nosso coracao esteja menos pesado.
Desejo a vc que lê agora essa mensagem,que tbem tenha sempre a esperanca,que ela permaneca sempre em seus pensamentos.
Desejo que vc nunca desista,porque enquanto houver esperanca,nenhum sonho esta perdido.
Tenham um lindo domingo!



sábado, 6 de março de 2010

Causa e Efeito


Quantas vezes bloqueamos a espontaneidade das crianças, esquecendo-nos do quanto isso nos doeu na nossa infância…
Quantas vezes exigimos mais maturidade dos adolescentes sem
lembrarmos o que passamos quando nos exigiram isso…

Quantas vezes nos queixamos dos colegas de trabalho e não nos perguntamos se eles também têm queixas sobre nós…
Quantas vezes nos irritamos nas ruas sem percebermos que nossa irritação também causa mal aos outros…

Quantas vezes queremos implantar paz na família expressando-nos aos berros…
Quantas vezes esperamos dos nossos parceiros o que não estamos dispostos a dar-lhes…

Quantas vezes esperamos dos nossos filhos o que não demos aos nossos pais…
Quantas vezes esperamos dos nossos pais o que não damos aos nossos filhos…

Quantas vezes perdemos a paciência com idosos esquecendo que a velhice chega para todos…
Quantas vezes repelimos animais e nos comportamos como seres irracionais…

Quantas vezes pedimos aos amigos coisas que não gostaríamos que eles nos pedissem…
A maior parte da vida deixamos a Vida passar sem senti-la no coração…




sexta-feira, 5 de março de 2010

Casamento duraduro






O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo, no fundo, é renovar o casamento! Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação.

De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos… Sem falar nos inúmeros kg que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, o corte de cabelo.

Tudo isso pode ser feito sem que você se separe. Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por 30 anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com as mesmas piadas.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos. Não é preciso um divórcio para ter tudo isso.

Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento”, nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto.

Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando, é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo com o mesmo par.


quinta-feira, 4 de março de 2010

Do tamanho de uma baleia




Tu tens feito grandes coisas; ó Deus, quem é semelhante a ti?" Salmos 71:19


Uma caricatura mostrava dois esquimós pescando através de buracos no gelo.

Um dos esquimós abriu um pequeno buraco, do tamanho de uma tampa de bueiro, para poder ver a água.

O outro abriu um buraco imenso, que parecia alcançar a extremidade do horizonte, da forma de uma baleia!

Ao analisarmos a caricatura descrita acima, podemos refletir a respeito de nossa fé.

Que estamos esperando?

Até que ponto confiamos naquilo que estamos buscando?

A nossa esperança tem sido pequena, quase imperceptível, ou não pode ser medida, alcançando muito além de nossos olhos físicos?

Quando a nossa confiança é minúscula e os nossos anseios são limitados ao alcance de nossos olhos, como que através de um pequeno buraco, não atingimos os nossos propósitos e não desfrutamos da alegria que Deus quer nos dar.

Quando a nossa fé é ilimitada e aprendemos que tudo é possível para Deus e para o que crê, não há limite para os nossos sonhos e nem para a nossa esperança.

Por que, muitas vezes, não recebemos aquilo que pedimos a Deus?

Quase sempre porque pedimos e não cremos, realmente, que receberemos.

Quantas vezes já dissemos para nós mesmos: "Eu sei que dificilmente receberei o que estou pedindo"?

Estamos necessitando de uma grande bênção, mas, nossa fé e nossa esperança, são muito pequenas.

Oramos pedindo muito e esperamos apenas receber pouco.

Muito mais felizes seremos quando pedirmos pouco, crendo que poderemos receber muito.

Deus sabe o que é melhor para nós e o tamanho do "buraco" espiritual que precisamos abrir.

Não adianta pescarmos através de um pequeno buraco, do tamanho de uma tampa de bueiro, se pretendemos pescar uma baleia.

É melhor construirmos um buraco do tamanho de uma baleia, pois, se o peixe que Deus mandar for menor, de qualquer forma o pescará!








quarta-feira, 3 de março de 2010

O verdadeiro valor









CUIDE DO MAIS IMPORTANTE

Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! Disse o soberano ao se despedir.

Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.

- Assim, meu jovem, acabarás perdendo o animal, disse alguém.
- Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!

Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras.

Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei:
'Cuide do mais importante!' Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota.

Mais tarde, caiu exausto no pé da estrada, onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade.

Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo 'fraco e doente' que recebera.
- Porém, majestade, conforme me recomendaste, 'cuidar do mais importante', aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.

O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:
'Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante.

Faz-me, portanto, este grande favor e verifique o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem'.

Comparo esta história com o ser humano que segue sua jornada na vida, tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo guarda como se fosse ouro, esquecendo de alimentar sua alma e espírito com a alegria e o amor de Deus. Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante!


Deus tem própositos para tua vida!